Dia Mundial do Diabetes - 14 de Novembro
Celebrado anualmente, o dia 14 de novembro é considerado o Dia Mundial do Diabetes. A data foi determinada em homenagem ao aniversário de Sir Frederick Banting, co-descobridor da insulina, em parceria com o pesquisador Charles Best. A celebração, que acontece oficialmente desde 2006, foi idealizada e estabelecida pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A comemoração foi instituída pela Resolução nº 61/225, tendo como objetivo reforçar a conscientização a respeito da diabetes mellitus (DM), doença que acomete cerca de 6,9% da população brasileira, alertando sobre os seus impactos na saúde dos indivíduos e as principais formas de tratamento e prevenção.
Segundo o Ministério da Saúde, a diabetes mellitus caracteriza-se como uma doença crônica, uma vez que possui progressão lenta, de longa duração e sem cura, desenvolvendo-se graças a insuficiência na produção ou má absorção da insulina, hormônio este responsável pela regulação da glicose no sangue, quebrando suas moléculas e transformando-as em energia para a manutenção das células do nosso organismo.
No que diz respeito aos seus tipos mais comuns, a diabetes pode ser classificada em:
DM tipo 1: Doença crônica não transmissível e hereditária, desenvolvida no período juvenil, em que o sistema imunológico ataca as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção da insulina. Logo, o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. Seus sintomas se manifestam através de sede anormal e boca seca, perda progressiva de peso, micção recorrente, indisposição para realização de atividades diárias, fome frequente e problemas de visão.
DM tipo 2: Doença crônica não transmissível, desenvolvida devido ao sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados, hipertensão e hábitos alimentares inadequados. Com isso, o organismo cria resistência à funcionalidade da insulina e, consequentemente, o hormônio não é suficiente para atender as necessidades do organismo. Essa má funcionalidade hormonal, portanto, revela-se semelhante aos sintomas apresentados em casos de diabetes do tipo 1, diferenciando-se por causar quadros de cicatrização lenta de feridas, infecções periódicas na pele e formigamento acompanhado de dormência nas mãos e nos pés.
Apesar de possuírem o mesmo fator desencadeador, a diabetes possui particularidades que não a restringe à duas classificações, sendo de fundamental importância destacar, também, a diabetes que acomete as gestantes. Nesse contexto, a diabetes mellitus gestacional (DMG) é desencadeada devido a resistência placentária à insulina. A hiperglicemia, alta concentração de glicose no sangue, durante a gravidez está relacionada à produção de hormônios, como o lactogênio placentário, estrogênio, progesterona e prolactina, que podem prejudicar a absorção da insulina. Essas modificações metabólicas ocorrem para que, preferencialmente, o feto seja nutrido, o que, simultaneamente, provoca o acúmulo de tecido adiposo na mãe. A DG manifesta-se a partir do sexto mês da gestação, por isso, faz-se necessário o acompanhamento contínuo da equipe de Enfermagem e médica para prevenção e tratamento da doença, com recomendações sobre adoção de estilo de vida saudável e administração de medicamentos de controle.
Entre seus objetivos, o Dia Mundial do Diabetes visa alertar a população sobre os impactos que a doença não tratada pode causar. Nesse ínterim, altas taxas de açúcar no sangue podem causar sérios danos à saúde, como retinopatia diabética, caracterizada por lesões na retina do olho, provocando sangramentos que podem acometer a visão; neuropatia diabética, uma vez que a hiperglicemia provoca alterações na periferia do corpo humano, deixando os nervos incapazes de emitir e receber as mensagens do cérebro e, consequentemente, desencadeando sintomas como formigamento, dormência ou queimação das pernas, pés e mãos, dores locais e desequilíbrio, e enfraquecimento muscular. Outrossim, o pé diabético é uma das principais complicações em casos de diabetes não tratada, originando-se a partir de uma ulceração em uma região machucada ou infeccionada, sendo esta comprometida pelo lento processo de cicatrização, devido ao quadro hiperglicêmico que compromete a circulação sanguínea. Ademais, problemas cardíacos, comprometimento renal e acidente vascular cerebral (AVC) estão entre os agravantes da enfermidade.
Segundo a Sociedade Brasileira de diabetes, a glicemia normal é aquela entre 70 e 99 mg/dL. Quando a glicemia está de 100 a 125 mg/dL, ainda não é possível fechar um diagnóstico, mas já é considerado um pré-diabetes. Quando o valor é maior ou igual a 126 mg/dL, após duas avaliações laboratoriais, já é considerado que a pessoa é diabética.
Para prevenir ou retardar o diabetes, faz-se necessário ter uma alimentação saudável, realizar atividade física e evitar o uso de tabaco. Medicamentos, exames regulares e tratamento para as complicações, também são aliados no tratamento da doença e suas consequências.
Fonte:
Sociedade Brasileira de Diabetes, 2020
Ministério da Saúde, 2022
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