Infecções Sexualmente Transmissíveis x Carnaval
Você sabia que existe uma campanha especial para o Carnaval? O Ministério da Saúde lançou a campanha de Prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) para o Carnaval de 2023. A mesma tem como principal abordagem a frase: "Voltou o Carnaval e com camisinha a alegria é geral".
Sabe-se que no carnaval as pessoas ficam mais expostas a contrair IST através do contato com saliva e secreções dos órgãos genitais, seja através do compartilhamento de copos e roupas íntimas ou pelos atos sexuais oral, anal e vaginal.
As principais síndromes em IST são: úlcera anogenital causada através das doenças: linfogranuloma venéreo – LGV; Cancróide; Herpes genital; Donovanose e Sífilis. Existe também a síndrome corrimento uretral/vaginal, ocasionada pelas doenças: Candidíase vulvovaginal; Clamídia; Gonorreia; Tricomoníase; Infecção causada por micoplasma e Vaginose bacteriana. Além da síndrome verruga anogenital causada pelo candiloma acuminado.
Diante desta vasta gama de doenças, torna-se imprescindível a observação dos possíveis sinais e sintomas para o rápido diagnóstico e tratamento das mesmas. As manifestações clínicas das IST variam de acordo com a doença, mas de modo geral são: corrimento vaginal, corrimento uretral, úlceras genitais e verrugas anogenitais. Por isso, o corpo deve ser observado durante a higiene pessoal, o que pode ajudar a identificar uma IST no estágio inicial. Sempre que se perceber algum sinal ou algum sintoma, deve-se procurar o serviço de saúde, independentemente de quando foi a última relação sexual. E, quando indicado, avisar a parceria sexual.
Cada IST apresenta sinais, sintomas e características distintas. As principais características, de acordo com os tipos de infecções sexualmente transmissíveis, são: Aparecem no pênis, vagina ou ânus; Podem ser esbranquiçados, esverdeados ou amarelados, dependendo da IST; Podem ter cheiro forte e/ou causar coceira; Provocam dor ao urinar ou durante a relação sexual; Nas mulheres, quando é pouco, o corrimento só é visto em exames ginecológicos; Podem se manifestar na gonorreia, clamídia e tricomoníase.
Sendo assim, faz-se necessária a abordagem do cuidado sexual, em que a oferta exclusiva de preservativos não é suficiente para garantir os diversos aspectos da saúde sexual. Então torna-se fundamental a ampliação da perspectiva para a avaliação e a gestão de risco, além das possibilidades que compõem a Prevenção Combinada. O termo “Prevenção Combinada” remete à conjugação de diferentes ações de prevenção às IST, ao HIV e às hepatites virais e seus fatores associados. Assim, sua definição está relacionada à combinação de três tipos de intervenções: biomédica, comportamental e estrutural, aplicadas ao âmbito individual e coletivo.
Referências: BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Protocolo clínico e Diretrizes terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Brasília: Ministério da Saúde, 2022.