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Hepatites

Hepatites Virais

Hepatites virais

         As hepatites virais são consideradas um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. No Brasil os índices de infecção pelos vírus da Hepatite A, B e C são mais recorrentes, o vírus D é menos frequente, sendo mais comum no Norte do país, e o vírus da hepatite E, é pouco visto no Brasil, sendo mais comum na África e Ásia.

         O agente etiológico da hepatite mais relevante do ponto de vista clínico, são designados por letras do alfabeto (vírus A, vírus B, vírus C, vírus D e vírus E). Estes vírus têm a predisposição para infectar os hepatócitos (células hepáticas), que estão presentes no fígado. 

         Estas infecções atacam o fígado, podendo causar alterações leves, moderadas ou graves. Comumente são infecções silenciosas, ou seja, não apresenta sintomas, porém, quando estão presentes, podem ser manifestados como: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

         É comum que as infecções pelo vírus B e C se tornem crônicos pela não manifestação dos sintomas, desta forma, a doença progride sem o conhecimento das pessoas. Quando ocorre a descoberta, o avanço desta doença pode ter causado um comprometimento no fígado, sendo causa de uma fibrose avançada ou cirrose, podendo desenvolver futuramente câncer ou a necessidade de se realizar um transplante.

        A forma de transmissão para esta doença pode ser classificada em: 

- Fecal-oral: hepatites A e E, geralmente ligada a condições de saneamento básico, higiene pessoal, qualidade da água e alimentos;

- Percutânea (inoculação acidental) ou parental (transfusão): vírus A e E são raros pelo seu curto período de virêmico; 

- Os grupos B, C e D, possuem diversos mecanismos de transmissão como o parenteral, sexual, compartilhamento de objetos contaminados (agulhas, seringas, lâminas de barbear, escovas de dente, alicates de manicure), utensílios para colocação de piercing e confecção de tatuagens e outros instrumentos usados para uso de drogas injetáveis e inaláveis. Possuía também o risco de transmissão através de acidentes perfurocortantes, procedimentos cirúrgicos e odontológicos e hemodiálises sem as adequadas normas de biossegurança. Nos dias atuais, após a triagem nos bancos de sangue para hepatites B e C, a transmissão por transfusão de sangue e hemoderivados é relativamente rara.

- Via sexual: comum para os vírus B e C, na hepatite C podem ocorrer a transmissão principalmente em pessoa com múltiplos parceiros, co- infectada com o HIV, com alguma lesão genital (IST), alta carga viral do HCV e doença hepática avançada.

      Para que se diminuam os casos de contaminação, é importante controlar os meios de transmissão. Realizar o controle da água para o consumo; cuidado no preparo dos alimentos; profissionais da saúde, devem tomar os devidos cuidados durante a manipulação de objetos perfurocortantes e/ou contaminados; manicures e podólogos, além do risco dos perfurocortantes, utilizar sempre materiais esterilizados, palitos e afins descartáveis ou individuais; portadores devem se atentar e sempre utilizar camisinha, não compartilhar objetos pessoais; usuários de drogas injetáveis e inaláveis, não compartilhar os objetos e agulhas; filhos de mães positivas para HBsAg, recomenda se administração em locais diferentes de imunoglobulina contra o HBV e vacina contra a hepatite (nas primeiras 12 horas de vida). A segunda e terceira doses da vacina devem seguir o calendário vacinal normal, isto é, aos trinta dias e aos seis meses de idade, respectivamente; e durante o aleitamento materno, podem ser encontrados HBsAg no leite materno de mães HBsAg positivas, porém,a amamentação não traz riscos adicionais para os seus recém-nascidos, desde que tenham recebido a primeira dose da vacina e imunoglobulina nas primeiras 12 horas de vida. Na hepatite C, embora o HCV tenha sido encontrado no colostro e no leite maduro, não há evidências conclusivas até o momento de que o aleitamento acrescente risco à transmissão do HCV, exceto na ocorrência de fissuras e sangramentos nos mamilos.

 

Fonte: Brasil. Ministério da saúde. Secretaria de vigilância em saúde. Hepatites virais. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0044_M2.pdf> Acessado em: 22/06/22

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